domingo, 9 de setembro de 2012

Pesadelo de amar


Estava no olho de um furacão quando notei que não tinha mais coração.

Essa carne musculosa, cansada de bater e apanhar transformara-se em sangue vivo,

Morto de esperanças.

E não havia mais amor e era estranho girar e girar e não observar sentido e movimentos.

Que burrice que cegueira me entorpecia!

Que loucura besta!

Que mania de pisar as nuvens quando nem andar sozinho

Eu aprendi.

Sinto pulsando na minha pele, esse couro recrudescido e tão teso,

Tudo que sobrou escorrendo...

Uma trilha que não acaba.

Então adormeço e caio em mim de novo.

Abro os olhos, meu olho de furacão enxerga de novo.

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